"Não se descuide de ser alegre - só a alegria dá alma e luz à Ironia, à Santa Ironia - que sem ela não é mais que uma amargura vazia." - Eça de Queiroz

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Bulício (por Pedro Maia)





Por vezes ainda me recordo de histórias que li sobre Jerusalém. Uma cidade que foi disputada por muitos países desde os egípcios até aos babilónios, de cristão até muçulmanos. De momento esta dividida entre Israel e a Palestina. O que é que Jerusalém representa para o mundo? Um centro de cultura. 
Estes dias vimos o presidente norte-americano Donald Trump a tomar decisões precipitadas e polémicas relativamente às capitais de outros países. Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel. Com esta decisão, o presidente norte-americano, acaba de rebentar um barril de pólvora e instaurar o bulício que pode chegar ao ponto de haver uma rinha entre dois povos que apresentam diferentes culturas e, principalmente, diferentes religiões. Será que foi uma estratégia de paz? Ou será que esta a tentar reatar uma guerra entre a Palestina e Israel? Qual foi o objetivo desta decisão?
Os Estados Unidos pretendem reatar conflitos antigos, declarando inimizade com o Irão, tendo em vista o favorecimento de países como Israel e Arábia Saudita. A consequência deste conflito seria vista de bom modo pelos americanos pois haveria uma contenção de forças por parte do Iraque e do Irão. Os Estados Unidos pretendem rasgar o acordo nuclear com o Irão para que este possa enfraquecer e dar mais poder aos países que o rodeiam e são aliados dos americanos dando-lhes mais poder para os conter. Será que tem tudo haver com o petróleo? Tendo em conta que, uma das moedas de troca para o negócio do petróleo é a troca de armamento entre este países. Aqui neste mundo vale tudo, principalmente no que toca aos negócios. Para acrescentar que os grupos mais radicais como Estado Islámico ou existem por culpa dos países mais desenvolvidos, e é uma das consequências do facto de haver vendas desmedidas de armamento por parte destes mesmos países.
Mudando um pouco de assunto, gostaria de falar um pouco dos brejeiros que coordenam as instituições de caridade. Associações de caridade existem muitas, mas pelo que vejo, são poucas que cumprem o seu proposito que é ajudar. Estas organizações como a Rarissimas, têm como função ajudar as pessoas necessitadas , servir de intermediário para quem queira tomar a iniciativa de contribuir com algo ou alguma coisa, promover no sentido de chamar a atenção para a existencia de determinada problemática. E onde esta o problemas dessas associações? São as pessoas que mandam nessas instituições. Essas gentes que cometem atos opróbrios mancham a imagem dessas organizações, tornando-as vitimas da desconfiança das pessoas. Espero que sejam punidas severamente. Agora vem ao de cima a podridão a que esta sociedade esta subjugada.
Finalizando, acabaria este texto com uma citação de Camilo Castelo Branco: “O homem foi sempre mau; será mau até ao fim. A sociedade parece melhor do que foi olhada coletivamente: é parte nisto a lei, e, grande parte o cálculo. Cada indivíduo se constrange e enfreia no pacto social para auferir as vantagens de o não romper; porém, o instinto de cada homem, em comunidade de homens, está de contínuo repuxando para a desorganização. Eu aceito, como puros, os corações formados na solidão, a não se dar a segunda hipótese do provérbio, que disse: homem sozinho, das duas uma: ou Deus ou bruto.”

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