"Não se descuide de ser alegre - só a alegria dá alma e luz à Ironia, à Santa Ironia - que sem ela não é mais que uma amargura vazia." - Eça de Queiroz

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sábado, 20 de janeiro de 2018

Calcaida (por Pedro Maia)




Era uma vez, numa terra no meio do oriente,
Onde os homens escravizavam as mulheres,
E as crianças aprendiam a rebentar bombas,
Houve um grupo de pessoas que decidiu formar um grupo.
Esse grupo queria, fundamentalmente, andar à bulha
Com quem lhes aparecesse em frente,
Com uma desculpa religiosa qualquer
Que não vem em livro algum dessa estirpe.
A partir daí foram aparecendo outros grupos
Da mesma categoria que este com o grande objetivo
De aparecer nas televisões por esse mundo fora
De ser notícia, por terem feito uma palermice qualquer
Metendo medo a qualquer pessoa.
Ai vida à minha, que fiz eu para aturar esta gente
Que só pensa em barbaridades penosas a qualquer alma penada.

A Vida Real é Irrealista (por Pedro Maia)




A vida real é irrealista,
Tão irrealista ao ponto de te dar a entender que é real;
Tudo o que tu vês à frente é surreal, nada disto existe,
Tudo o que vês é um projeto que provém da tua mente.
Toda esta logística provém do teu imaginário,
Das tuas ilusões sobre uma vida recheada de tudo,
Mas que, no fundo, não representa nada… nada de todo.
Tudo o que conhecemos não é real, mas sim irrealista.
Olha para os animais, para as plantas, para as bactérias,
Observa todos os seres vivos deste planeta e diz-me o que vês.
afinal de contas, qual é o objetivo deles?
Será viver a sua vida segundo a sua natureza?
E nós humanos? O que somos?
Nós destruímos aquilo que pertence aos outros por direito,
Aquilo que inequivocamente pertence à Natureza.
Somos uma cambada de pétreos.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Bulício (por Pedro Maia)





Por vezes ainda me recordo de histórias que li sobre Jerusalém. Uma cidade que foi disputada por muitos países desde os egípcios até aos babilónios, de cristão até muçulmanos. De momento esta dividida entre Israel e a Palestina. O que é que Jerusalém representa para o mundo? Um centro de cultura. 
Estes dias vimos o presidente norte-americano Donald Trump a tomar decisões precipitadas e polémicas relativamente às capitais de outros países. Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel. Com esta decisão, o presidente norte-americano, acaba de rebentar um barril de pólvora e instaurar o bulício que pode chegar ao ponto de haver uma rinha entre dois povos que apresentam diferentes culturas e, principalmente, diferentes religiões. Será que foi uma estratégia de paz? Ou será que esta a tentar reatar uma guerra entre a Palestina e Israel? Qual foi o objetivo desta decisão?
Os Estados Unidos pretendem reatar conflitos antigos, declarando inimizade com o Irão, tendo em vista o favorecimento de países como Israel e Arábia Saudita. A consequência deste conflito seria vista de bom modo pelos americanos pois haveria uma contenção de forças por parte do Iraque e do Irão. Os Estados Unidos pretendem rasgar o acordo nuclear com o Irão para que este possa enfraquecer e dar mais poder aos países que o rodeiam e são aliados dos americanos dando-lhes mais poder para os conter. Será que tem tudo haver com o petróleo? Tendo em conta que, uma das moedas de troca para o negócio do petróleo é a troca de armamento entre este países. Aqui neste mundo vale tudo, principalmente no que toca aos negócios. Para acrescentar que os grupos mais radicais como Estado Islámico ou existem por culpa dos países mais desenvolvidos, e é uma das consequências do facto de haver vendas desmedidas de armamento por parte destes mesmos países.
Mudando um pouco de assunto, gostaria de falar um pouco dos brejeiros que coordenam as instituições de caridade. Associações de caridade existem muitas, mas pelo que vejo, são poucas que cumprem o seu proposito que é ajudar. Estas organizações como a Rarissimas, têm como função ajudar as pessoas necessitadas , servir de intermediário para quem queira tomar a iniciativa de contribuir com algo ou alguma coisa, promover no sentido de chamar a atenção para a existencia de determinada problemática. E onde esta o problemas dessas associações? São as pessoas que mandam nessas instituições. Essas gentes que cometem atos opróbrios mancham a imagem dessas organizações, tornando-as vitimas da desconfiança das pessoas. Espero que sejam punidas severamente. Agora vem ao de cima a podridão a que esta sociedade esta subjugada.
Finalizando, acabaria este texto com uma citação de Camilo Castelo Branco: “O homem foi sempre mau; será mau até ao fim. A sociedade parece melhor do que foi olhada coletivamente: é parte nisto a lei, e, grande parte o cálculo. Cada indivíduo se constrange e enfreia no pacto social para auferir as vantagens de o não romper; porém, o instinto de cada homem, em comunidade de homens, está de contínuo repuxando para a desorganização. Eu aceito, como puros, os corações formados na solidão, a não se dar a segunda hipótese do provérbio, que disse: homem sozinho, das duas uma: ou Deus ou bruto.”

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Hoje perdi a noção (por Pedro Maia)





Hoje perdi a noção do tempo e da realidade,
Já não sei quem sou, nem sei quem devo ser,
Só sei que sou feito de carne e osso,
E que o tempo passa à velocidade da luz.

Deixei de ver a luz ao fundo do túnel,
Os meus olhos estão desfocados de uma realidade
Cada vez mais virtual, cada vez mais obscura.
Que é feito daqueles tempos idos?
Onde vivíamos um dia de cada vez,
Cada dia a seu tempo.

Hoje perdi-me nos meus pensamentos,
Fechado num mundo onde somos todos iguais
Cada um sendo quem é.
Sendo todos diferentes, mas ao mesmo tempo
Todos iguais.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Hoje perdi-me (por Pedro Maia)

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Hoje perdi-me no meio do nada,
Não sei onde estou, nem por onde vou,
Nem por onde quero ir.
Estou no meio de uma escuridão profunda
Sem luz ao fundo do túnel.

Entretanto vou pensando em sair
Deste labirinto sem fim à vista.
Encontro alguns socalcos pelo meio.
Vejo pegadas já marcadas no chão de cimento.
Deparo-me lá ao fundo com uma
casa de madeira, sem janelas.
Corro logo para ela como se
Possuísse um íman no meu corpo.
Algo me atrai para este lugar invulgar.
A porta estava aberta, a luz ligada, a lareira acesa.
Mas sem ninguém dentro de casa.
Da janela nas traseiras deparo-me com um vulto
De uma criatura barbuda e peluda.
Era o homem das cavernas.
Era o homem das cavernas.

sábado, 4 de novembro de 2017

Vox (por Pedro Maia, Bruno Teixeira, Vera Carvalho e Joana Montenegro)





Ouvi uma voz que sussurrava
Ao meu ouvido de uma forma altiva,
Uma voz rouca e fina e tão
Sensível que não se ouvia.
Essa voz ecoou num grito atordoante
Que ressoou nas entranhas mais
Remotas da minha humilde alma,
Pedindo-lhe desesperadamente
Que atendesse a seu coração frágil.
Serás tu, Benedita, ó tu que temes
Dolorosamente pela minha ausência?
Ou meu coração e minhas perceções
Tão vilmente me enganam?
Queria socorrer-te ao volante
Do cavalo branco de Napoleão
Mas, o vento e o murmúrio
Sopram vivamente contra
As torpes planícies de Waterloo.
Não joga a nosso favor o tempo
Nem a arrogante voz;
Tudo nos tenta separar
E a tua voz não consigo escutar.
Chamo e grito teu nome
Mas tu não apareces;
Queria estar onde estás,
Mas estás longe demais.
Onde paira o teu semblante,
Ó Benedita do meu coração puro,
Ó tu que agitas a minha alma,
Que me acalentas o meu calor ardente,
Que preenches os meus pensamentos a todos instantes.

Esquecimento (por Pedro Maia)





Hoje caí num esquecimento.
Foi uma sensação atroz.
Parecia um vazio, uma escassez de ideias,
Uma negrura fanática sem emoção, sem sentimento.
Só resta as memórias de uma infância feliz.
Oh esquecimento o que me trazes de novo?
Nada de nada; tudo de tudo.
Trazes a nostalgia da tua terra natal,
Daqueles tempos idos e não voltos.
Oh esquecimento que vens tu escamotear hoje?
Este silêncio de ideias mata-me por dentro.
Esta mentira corroi-me por fora, desde os pés à cabeça.
Até adormecer e nunca mais cordar.
O elétrico acabou de chegar. Esta prestes a partir.
Consigo apanha-lo a tempo.
A tempo de fugir deste esquecimento muribundo e ladrão,
Que tanta por tudo roubar os ideais que me são afetos.
Mas quem és tu no iceberg desta mente?
Um nada que parece tudo, mas que não passa de uma
Patranha que tenta iludir uma mente lúcida.
Tão lúcida quanto uma criança pode ser.
Quiçá um dia me possa voltar a lembrar.

Rendido (por Pedro Maia)

Eu rendo-me.
Rendo-me à tua beleza descomunal,
Aos teus passeios verdejantes cheios de,
Árvores e arvoredos, plantas e arbustos.

Rendo-me aos teus pés
Como se fosses uma ninfa do Tejo
Acabada de tomar um banho de rosas,
Rosas essas acabadas de plantar de um pomar.

Quando te vejo ao longe,
Fico hipnotizado como se estivesse a entrar
Num sono profundo a meio da noite,
Sono tal que nem me apetece acordar.

Portugal Atual (por Pedro Maia)

Portugal que vive num mundo há
Parte do resto da Europa,
Que vive fechado numa só cidade,
Que vive a partir de uma só cidade.
Tu, Portugal que estas sobre domínio
Daqueles grupos centralistas e burgueses,
Sem opinião, sem identidade, sem força.
Com desejos de liberdade mas preso numa jaula.
Nós, Povo que esperamos de ti mais do que és,
Esperamos que sejas tu, o nosso amado Portugal.
Reclamamos-te de volta para as nossas mãos.