"Não se descuide de ser alegre - só a alegria dá alma e luz à Ironia, à Santa Ironia - que sem ela não é mais que uma amargura vazia." - Eça de Queiroz

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sábado, 20 de janeiro de 2018

Poema Para Ti (por Bruno Teixeira)




Escrevo um poema para ti,
numa manhã de primavera
em que os rouxinóis cantam
e as fragatas navegam nas
águas de um rio renascido.
Escrevo um poema para ti,
doce melodia da existência,
doce encanto da mocidade
que canta o fulgor d’um
poeta, essa criatura
fingidora e pedante.
E estes versos, puras odes
de um coração imaturo que
aprendeu a amar com um
manual de instruções de
um videojogo criado no Japão.
E estas palavras, amargas
oitavas corroboradas por um
vento que sopra as nossas memórias,
as nossas lembranças de um
mundo perfeito que agora está perdido.
Que tudo isto entre no teu
olhar com a sonoridade de um canto,
como uma serenata cantada por um
trovador à sua amada nas
ruas de euforia que ele viu passar.
E esse trovador sou eu
escrevendo este poema para ti.

Pensamentos Soltos (Revisited) (por Bruno Teixeira)




Dos olhos negros d’uma criança
sai um olhar desconsolado,
uma alma desencantada,
um coração velho e cansado.
No puro encanto da inocência,
olha p’ra mim bem sorridente
e o canto da sua jovialidade
cai sobre meu sorriso dormente.
Do sorriso leve d’uma criança
saem palavras que tocam
na alma dos que sonham,
dos que pensam, dos que choram.
No puro encanto da inocência,
olha p’ra mim bem sorridente
e o canto da sua jovialidade
cai sobre meu sorriso dormente.
E as palavras daquela mocidade
pairam sobre ideais floridos,
pensamentos soltos que cantam
sobre aqueles choros sentidos.
Se pudesse ao menos sentir
toda aquela alegria;
se pudesse ao menos sentir
toda aquela sinfonia.
Do encanto d’uma criança
saem visões d’um espelho meu
e naquela doce alma encantada
vejo que aquele sorriso é meu.
E no puro encanto da inocência,
olha p’ra mim bem sorridente
e o canto da sua jovialidade
cai sobre meu sorriso dormente.

O Dia de Todos os Santos (por Bruno Teixeira)




O dia em que os santos desceram à Terra
Nem Deus nem o Diabo o lembram
Por entre as penumbras no alto da serra;
Não o lembram por entre as memórias
De algo pelo qual nem sequer esperam.
O dia em que os santos desceram à Terra
Das nuvens com suas auréolas douradas,
Não o lembram por entre a paz e a guerra
Os homens, as mulheres e seus devaneios
Repletos de misteriosos contos de fadas.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Nostalgia (por Bruno Teixeira)



Vai-se o tempo
E vêm as memórias,
Ficam as imagens
Que o tempo não levou;
E suas histórias
Nem o tempo que não volta
Consegue lembrar.
E o tempo, esse ditador
Das leis das perceções,
Faz o Homem chorar
Sobre o túmulo das ilusões
Que ele próprio amou.
E o tempo que não volta
Do seu requintado exílio
Jamais consegue lembrar
Suas aventuras joviais
E suas loucuras banais.
Ó deuses olímpicos,
Ó vós que sois a idealidade,
A raiva dos hecatonquiros,
Que fazeis vós no concílio
Consumindo a vossa eternidade?

Ode aos soviéticos (por Bruno Teixeira)




Homens lutando na rua,
mulheres servindo a pátria,
crianças cantando ao luar
trovas e sonetos de encantar.
Corações ao rubro, armas ao alto,
o povo que carrega uma nação;
flores nas mãos, bandeiras ao vento,
cai o déspota, triunfa a revolução.
O calor que move a multidão
por entre o ardor d’uma frígida cidade,
o sangue que move suas emoções
por entre o espírito de fraternidade.
Corações ao rubro, armas ao alto,
o povo que carrega uma nação;
flores nas mãos, bandeiras ao vento,
cai o déspota, triunfa a revolução.
Cânticos, esparsas e madrigais,
redondilhas e métricas desiguais,
a revolta das sepulturas,
o fim dos negreiros e das escravaturas.
Odes que cantam a mudança,
ventos que sopram contra a maré,
poetas que cantam a esperança,
o som dos sinos que tocam na sé.
Corações ao rubro, armas ao alto,
o povo que carrega uma nação;
flores nas mãos, bandeiras ao vento,
cai o déspota, triunfa a revolução.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Sanctimonia Natalis (por Bruno Teixeira)




E o natal, essa doce quimera,
a quintessência nazarena
perdida no teísmo prosaico
de uma latinidade rebelde.

E esse espírito, nobre
sensação enraizada em corações
singelos que buscam deliciar
suas almas penitentes com o pão,
o corpo e o sangue do profeta.

E eis que, naquela tão augusta ceia,
surge o cálice que une todo o nosso amor;
o orgasmo de cristo, o prazer de madalena,
a libido do arcanjo, a dor da Virgem Maria,
o espanto de Santa Ana e o terror de Aarão.

E eis que, numa saudação celestial, o primogénito
ergue o seu tinto, e prega sobre a pesca do bacalhau;
e, engolindo o seu prego no prato, canta
os hossanas miraculosos ao seu pai, o senhor do céu.

A eternidade vale o preço da filantropia, esse
grande ex-libris do bom samaritano que, cheio de
amor para dar, ajuda o bebé que dorme na manjedoura.

E pelos vistos o ouro e a mirra também….
essa metáfora imperial do oriente que,
num eufemismo, procura o poder na humildade.

Epigrama III (por Bruno Teixeira)





A vida é um carrossel de emoções
que nos faz girar em torno do nosso coração;
a felicidade é um conjunto de varões
que unicamente se guiam pela razão.

Epigrama II (por Bruno Teixeira)




Quando for grande, quero ser grande.
Quero ser tão grande como a estátua da avenida da cidade!
Quero ser grande porque quero ser grande e ser grande 
não é uma ambição demasiado grande para ser concretizada!

Epigrama I (por Bruno Teixeira)




Se algum dia eu morrer, quero pelo menos ser alguém.
Se algum dia eu morrer e minh’alma voar como uma gaivota,
quero sentir que toda a existência não foi alheia.
Se algum dia eu morrer, quero ser feliz antes do último suspiro.

Manifesto Frenético Quase Esquizofrénico (por Bruno Teixeira)





Sinto-me frenético esta noite!
Sinto uma enorme inquietação dentro de mim
que não deixa sequer o meu organismo sossegar!

Sinto vontade de fazer muita coisa e essa “muita coisa”
é tanta coisa que o meu cérebro nem aguenta
com este ritmo alucinante e quase esquizofrénico!

Sinto vontade de correr, saltar, falar,
gritar, rebolar, esfregar-me nas paredes,
escrever, deslizar na relva, esbofetear-me,
chafurdar-me nas poças de água da chuva,
voar, ladrar,chiar, lançar-me do sétimo andar….

O meu organismo não para!
É como se sentisse algum demónio a dançar dentro de mim!

Podia considerar-me um génio, mas não posso!
Os génios são apenas malucos e eu sou maluco e meio!

O mundo é e será sempre uma bola achatada
que se acha perfeita quando, afinal de contas,
é apenas pseudo-perfeita! Amén!

Deixem-me viver, por favor!
Deixem-me viver este turbilhão de ideias e emoções,
pois quero sentir todas as coisas deste mundo
a entrarem dentro da minha alma!


O meu cérebro é uma enorme indústria metalúrgica
que não para de produzir materiais metalúrgicos em série;
a minha alma é uma nação gigantesca
que apenas é alimentada pela matéria
produzida pela indústria e pela sua fusão de filiais.

O coração é um vasto povo que dá vida à indústria
com todas as suas capacidades cognitivas e motoras
e o estômago é a fonte geradora da energia derivada
das capacidades motoras e cognitivas do povo.

Portanto, deixem-me ser diferente!
Deixem-me saltar de um lado para o outro!
Deixem-me correr como um leopardo,
saltar como um canguru, rir como um palhaço,
chorar como um bebé, rastejar como uma cobra….

A minha racionalidade não pode ficar parada
assim como a atividade de uma nação não pode ficar suspensa!
Caso contrário, tal como Tróia, Atenas e Roma,
morro e desapareço para sempre!

Não preciso de aparecer nos comícios políticos juvenis,
ir à missa beijar os pés ao reverendíssimo senhor sacerdote,
ir à escola aprender a interpretar epístolas judaicas e epigramas latinos
e de ir ao médico curar as feridas e ir ao tribunal
falar em latim com o meritíssimo senhor juíz!

Apenas preciso de viver a vida, de observar o mundo
tal como ele é e de soltar gargalhadas!
Preciso de ser feliz tal como a vizinha do terceiro esquerdo que está sempre
a cantar as músicas que ouve no rádio que tem no seu carro! Amén!

Preciso de ser feliz porque este sentimento frenético obriga-me a ter tal necessidade;
tenho essa necessidade, pois esse tal ritmo frenético não para, ou seja,
começa de manhã e dura até à noite através de uma violência que
me impõe frequentemente uma vontade enorme de ser freneticamente violento,
aquela vontade de tudo fazer sem ter tempo sequer para dar um suspiro!

Amén! Amén! Amén!



Evasão (por Bruno Teixeira)






Perdido no meio da guerra,
Onde o céu é cinza
E as aves são misséis,
Percorro os caminhos
Sem ver o horizonte 
Onde o pastor passeia
Seus pequenos cordeirinhos.


Vagueando pela serra,
Perfumada pelo odor
Das cinzas das beatas
Que os lenhadores fumam,
Sinto o prazer e o amor
À essência que tanto me
Subtrai o ardor e o engenho
E a doçura da epifania,
Essa que me é tão amarga
Nas horas poéticas de puro lirismo.

E todo aquele encanto
Paira na minha alma repleta
De sentimento profundo,
De mágoa centrifugada
Pelas parábolas de um profeta
Que canta e prega ao velho mundo,
De caridade produzida pelo
Egocentrismo de um samaritano.

E todo o cântico heróico,
Enaltecido pelo choro de uma balada,
Fica eternamente gravado nos versos
De uma ode, numa esparsa interpolada
Que se perde na bucolia de um madrigal.

Corro numa rapidez quase supersónica,
Tentando fugir de toda esta mentira;
O som dos tiros e dos passos
Aproxima-se de mim com intensidade
Para impedir a minha evasão;
Memórias surgem em repetições
Do inconsciente, como se eu
Me tivesse esquecido delas.

E tudo me foge pelos dedos,
Como se fosse margarina ou óleo derramado,
Deslizando nos meus desejos mais crassos,
Cantando meus pensamentos mais sacrílegos,
Declamando o mote de uma triste canção.

Por mais profundas que as suas danças sejam,
Todo o monstro tem coração dentro de si próprio,
Todo o monstro tem alguém que ama.
Mas que faço no meio dos santos,
Eu, monstro parvo e inútil, que se diverte
A pensar e a amar pessoas que me ignoram
Enquanto tento não ser um monstro inútil?

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Madrigal (por Bruno Teixeira)





A primavera da vida
expressa num quadro que
o artista, perdido numa alma
criadora, pinta, sem pincel,
linhas infinitas de sabedoria.

E o cântico da frescura
dos seus verdes anos, escrito
sob as oitavas de belos madrigais,
enaltece o doce encanto d’uma
écloga circulando pela natureza.

E, entre as tintas da imaginação,
surge uma obra de arte que, forjada
a partir da artificialidade d’um soneto,
voa por entre as estrelas e um luar
perdido na jovialidade do meu ser.

E uma criança, pura e inocente
e aos olhos d’uma mãe encantada,
tece seus passos pelo jardim
das suas memórias doces e amargas
rumo a uma mocidade cordial.

Poema Imortal (por Bruno Teixeira)





Lembras-te de quando nós éramos mais novos?
Lembras-te daqueles passeios pelos jardins onde chovia algodão branco?
Lembras-te ….. Se calhar não te lembras.

Éramos tão novos que todas as intermináveis êxtases que percorriam o nosso universo interior
estão agora sepultadas num jazigo sumptuoso.

Crescemos depressa! Crescemos com o objetivo utópico de alcançar a perfeição
e de sermos tão perfeitos como Deus, pois Deus criou o mundo em sete dias.

Descobri que isso era simplesmente impossível!
É impossível, pois rapidamente mataríamos Deus
e perderíamos no nosso propósito de alcançar a perfeição!
Tudo seria aborrecido!

O céu é azul, as nuvens são brancas, a relva é verde
e o sangue que atravessa o nosso corpo é vermelho;
o pensamento é inevitavelmente inútil quando se busca a perfeição
e o conformismo é apenas o chão que nos segura!

Sou mortal! Sou tão mortal que até chego a tornar-me imortal! (metaforicamente falando….)
Contudo, sou mortal e só isso interessa!

Sou mortal, porque o verdadeiro significado da palavra não me deixa ser o contrário.
Sou um homem e ser homem é ser um homem como todos os outros!
A isso nunca irei fugir. A isso nunca irei fugir!!!!

Nunca irei fugir, porque isto corresponde a uma verdade tão brutal
que essa própria verdade me esmaga contra uma parede de betão
como se para universo eu fosse apenas uma simples mosca.

Ouviste, camarada! Somos apenas moscas no meio de um universo cósmico!!!!
E é essa a grande verdade…..uma verdade pura e singela…..
……tão pura e singela como o ar que respiramos.

Sarcasmos Irónicos (por Joana Montenegro e Bruno Teixeira)




O sarcasmo da alegria, a ironia da tristeza,
todo o riso de uma essência perdida
em fábulas de puro encanto e desengano.

E eis que toda a alma do doce devaneio se
desvanece na mente sã de um pensador decadente…

E eis que os versos de uma esparsa, brilhando
em cada escansão métrica, canta a virtude
e a prudência de um coração puro e jovial.

Poetas e prosadores, em devaneios líricos
e prosaicos, cantam seus sonhos mais
loucos em torno da fogueira em que ardem
os cavaleiros da velha e metuenda ordem.

Em cada verso a nova mocidade,
e em cada rima a ideia rejuvenescida;
em cada palavra o sorriso
e o encanto da nova era.

E os génios (ou as almas que já não têm)
permanecem serenos em cada ritmo, cada melodia
que da musicalidade e do lirismo emana.

E os mestres cancioneiros, pura delícia
da arte clássica, choram suas lágrimas
nas estrofes das suas elegias e éclogas.

E essa literatura mundana,
que acalenta a alma dos poetas,
é heterogénea, livre como uma pena;

É fluída como uma bailarina
no seu pleno movimento astral,
a Arte na mais singela pluralidade.

sábado, 4 de novembro de 2017

Frosty Countess (por Bruno Teixeira)




In a frosty day, in the dead of night,
There goes the wind among the trees,
Blowing where the never shine.
In the heart of a western forest,
A princess is walking on the cold floor
Surrounded by his bunch of maidens.
They’re asking for the heat,
But they’re getting nothing.
They’re at the middle of the road.
Blood is freezing and running,
They’re screaming and living
For a death before her eyes.
Swords and axes are bringing
The new sensation to the town,
But nothing will be the same anymore.
Kings and queen are misfits like
The poor and the criminal underground,
But they’re even the dearest ones.
And time keeps ringing his bell
To the dawn of a generation of angels
And demons that are living in the land.
The maidens are losing their innocence
And asking for mercy coming from heaven,
But it’s too late… it’s just the purity of sin.
Blood comes out of their veins
And the countess takes a shower
And becomes a new and pure missy.


Alcohol (por Bruno Teixeira)





Freak on the sidewalk
Thinking in giving in,
Laughing about things
That happens all the time.
It drives him through his pain,
Like a pin-prick in a blood’s river;
he goes to hell on a border line
Searching for love and crime.
It’s crime and punishment in his head,
It’s love and hate in his broken heart;
It’s a sardonism and shame in his feelings,
It’s fire and water in his iron sensations.

Heroes (por Bruno Teixeira)





Heroes born to be villains
And villains born to be heroes
And all heroes are dead.
There’s nothing to hide,
There’s nothing to show;
Every little morbid fairytale
Told to a self-made child
Becomes an adorable reality.
And the child grew older
To the sound of the claps.
A lovely life deserves to be lived
On the edge of glory and hate where
The bell tolls for the prettiest ones.
God is happy to feel you
And the devil is happier than him,
Because the priest led you
To the sacred heart of the prophet.
And all the people claps their hands
When your smiles overcomes on your mind.
And we can be our heroes
And we can die.

Suicide (por Bruno Teixeira)





A boy walking on the line….
He thinks and looks at the sky
And everything’s fine…
With a pretending smile.
He feels warm under a cold rain
While he’s lighting up the candles
And feeling the smell of his youth.
Everything tastes sweet in his lips
And he’s glad to see everyone of us there.
Now Bodha is a kind one to everybody
And everyone is kind to him.
And Bodha is dead.
He already feels nothing and
Can’t breathe the air of his lungs.
We saw him falling from
A giant and rocky cliff.
We saw him going to nowhere
And his soul flying to a place where
The angels knows their own gender.
And now Bodha is alive, but
He’s still dead inside our heart.

Vox (por Pedro Maia, Bruno Teixeira, Vera Carvalho e Joana Montenegro)





Ouvi uma voz que sussurrava
Ao meu ouvido de uma forma altiva,
Uma voz rouca e fina e tão
Sensível que não se ouvia.
Essa voz ecoou num grito atordoante
Que ressoou nas entranhas mais
Remotas da minha humilde alma,
Pedindo-lhe desesperadamente
Que atendesse a seu coração frágil.
Serás tu, Benedita, ó tu que temes
Dolorosamente pela minha ausência?
Ou meu coração e minhas perceções
Tão vilmente me enganam?
Queria socorrer-te ao volante
Do cavalo branco de Napoleão
Mas, o vento e o murmúrio
Sopram vivamente contra
As torpes planícies de Waterloo.
Não joga a nosso favor o tempo
Nem a arrogante voz;
Tudo nos tenta separar
E a tua voz não consigo escutar.
Chamo e grito teu nome
Mas tu não apareces;
Queria estar onde estás,
Mas estás longe demais.
Onde paira o teu semblante,
Ó Benedita do meu coração puro,
Ó tu que agitas a minha alma,
Que me acalentas o meu calor ardente,
Que preenches os meus pensamentos a todos instantes.

Jesus (por Bruno Teixeira)



Jesus is a suicidal guy
and he came to destroy the progressive order;
he intended only to kill strong minds
and make weakness feel stronger.
And now his army, ready to fight
and die for their blindness,
starts preaching a life of purity,
free of temptation and girl’s love,
by drinking Christ’s blood from a glass of wine
and eating a wafer made of the flesh of his spine.
And then the prophet died
for everyone, but not for me;
and then he reborn at the third day
for everyone, but not for me.