"Não se descuide de ser alegre - só a alegria dá alma e luz à Ironia, à Santa Ironia - que sem ela não é mais que uma amargura vazia." - Eça de Queiroz

terça-feira, 5 de abril de 2016

Terrorismo (por Vicente Carvalho)

        Tenho acompanhado vários acontecimentos que decorrem no meu dia a dia, muitas delas são caricatas que, para além de me deixarem perplexo, fazem-me pensar sobre o nosso mundo, pois os seres humanos são muito imprevisíveis.
        Tenho visto a intensificação desta onda de terrorismo islâmico através do atentado realizado em Bruxelas e reparei que as pessoas, solidariamente, colocaram nas redes sociais (sobretudo no Facebook e no Twitter) posts que diziam "Pray for Brussels" (tal como fizerem com Paris aquando do ataque no Bataclan). Como se rezar fosse resolver o problema! Em vez de os políticos e o povo se juntarem para tomar medidas suficientemente boas para melhorar esta situação, enviam, em nome de todos os povos do mundo, um "fax" a Deus a pedir que ele tenha a bondade de acertar com um raio poderoso nas cabeças dos terroristas. Por que razão isso ainda não aconteceu? Porque, se calhar, Deus prefere ficar sentado no seu trono a disputar partidas de "Flappy Bird" e "Candy Crush" com o seu filho Jesus Cristo!
        Um dia destes, um amigo meu disse-me que esteve numa capela a conversar com Deus e que foi bom, pois já não tinha um boa conversa com Deus havia muito tempo. O que será que ele perguntou a Deus? Como estava Deus? Como estavam os seus filhos? Se os humanos tinham efetuado cortes na sua reforma? Se ele já pensou em usar perservativo quando faz sexo com as mulheres lá no paraíso (se somos filhos de Deus, então ele é um "playboy"!)? Se ele ainda toma viagra para conseguir fazer sexo? Aposto que o ele teve uma boa conversa com Deus (visto que Deus costuma ficar ocupado a apreciar fotos dos anjos no Instagram)!
        Voltando ao tema do terrorismo, o único terrorista que não se fez explodir nos ataques de Paris foi finalmente detido. Questionado sobre os motivos que fizeram com que ele não se detonasse, o réu afirmou que não teve coragem para o fazer. Na minha opinião, acho que ele pensou que, quando chegasse ao paraíso, em vez de ter 70 virgens à sua disposição, tivesse apenas 69. O réu pediu ainda a sua extradição para França (seu país-natal). Se calhar vai ter lá mais virgens à disposição do que na Síria!

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